NALDOVELHO
Malvado é o piston em surdina
num pranto dilacerado,
madrugada chuvosa de inverno,
num quarto de hotel junto ao cais.
Louis Armstrong que o diga!
Malvada é a flauta que brota inquieta,
nostalgia que rola sem pressa,
manhãs nubladas de julho,
e a vida sufocada num embrulho,
difícil de desmanchar.
Malvados são os acordes insanos
de uma guitarra cigana sem planos,
estradas, jornadas incertas,
que teimosamente eu tento,
lugar algum pra chegar.
Malvado é o espinho da rosa
que sangra as mãos de quem colhe,
manchadas as teclas do piano,
sinfonia ardida de enganos,
e que, ainda assim, eu teimo em tocar.
Malvado é o entardecer numa cidade deserta,
e um vento frio me invade,
e um cisco no olho disfarça
a lágrima que teima em chorar.
Malvado é o apito de um trem,
que diz até logo e um abraço...
Quem foi, partiu pra bem longe,
prometeu que voltava um dia,
não sei por onde andará.
Malvado é o poema que eu choro,
que diz da solidão que eu temo,
em matizes sombrios que eu sonho,
Michel Legrand ao piano...
Fantasmas que, apesar dos muitos anos,
eu não consigo exorcizar.
EVIL VERSES
NALDOVELHO
Evil is a piston in mute
a weeping torn,
Winter rainy dawn
in a hotel room at the berth.
Louis Armstrong say so!
Demonic is a flute that has grown restless,
nostalgia that scrolls without haste,
Misty mornings of July,
and wrapping a stifled life,
difficult to cut.
Baddies are the insane chords
a Gypsy guitar without plans,
roads, journeys uncertain,
that stubbornly I try,
nowhere to arrive.
Evil is the thorn of the rose
that bleeds the hands of who reaps,
spotted the keys of the piano,
Symphony burnt of deceptions,
and that, still, I I persist in playing.
Evil is the evening in a deserted city,
and a cold wind, invades me
and a speck in the eye masks
the tear that insists on crying.
Evil is the whistle of a train,
who says goodbye and a hug ...
Who was, went to far,
promised that returning a day,
don't know why where will walk.
Evil is the poem that I cry,
who says the loneliness that I fear,
in dark hues that I dream
Michel Legrand on piano ...
Ghosts that, despite many years
I can't exorcise.
Translation for English by Marlene Nass
Podem ser malvados, mas quanta poesia e quanta beleza estão contidas nestes versos! Que a inspiração nunca lhe falte, meu amigo. Parabéns sempre.
ResponderExcluirQue a o suave perfume de Jesus, perfume de paz, amor,
ResponderExcluirharmonia e a eterna esperança no novo Novo .
Inspirado, como fundamento de uma sociedade nova, com Justiça e amor
onde não haja descrinações entre povos de Nações.
Onde a crianças e idosos encontre respeito numa
socidade menos corrupita e injusta.
Que o Mundo seja de todos as cores da primavera
que todos possam beber do mel extraído do néctar das flores.
Que a paz de jesus reine em seu coração e que 2012 seja um ano de intensa paz .
Um carinhoso Beijo meu eterno carinho.
Vou contar com você em 2012
Eu vou continuar seguindo e te amando.
Com carinho.
Evanir.
VERSETS MALÉFIQUES
ResponderExcluirNALDOVELHO
Mal est le piston en sourdine
les pleurs déchirés,
Aube pluie d'hiver
dans une chambre d'hôtel à l'amarrage.
Louis Armstrong le dire !
Démoniaque est une flûte qui est devenu agitée,
nostalgie qui défile sans hâte,
Matin brumeux de juillet,
et une vie étouffé dans l'oeuf,
difficile à couper.
Méchants sont les accords de fous
une guitare manouche sans plans,
routes, voyages incertaines,
qu'obstinément j'essaie,
nulle part d'arriver.
Mal est l'épine de la rose
qui saigne entre les mains de qui récolte,
repéré les touches du piano,
Symphonie brûlé de déceptions,
et ce, encore, je je persiste à jouer.
Mal est le soir dans une ville déserte,
et un vent froid, envahit le me
et la poussière dans les masques de l'oeil
la déchirure qui insiste sur les pleurs.
Mal est le sifflet d'un train,
qui a dit au revoir et un câlin...
Qui a été, est allé au loin,
promis qu'un jour, de retour
ne sais pas pourquoi où va marcher.
Mal est le poème que je pleure,
qui a dit que la solitude que j'ai peur,
dans des teintes sombres que je rêve
Michel Legrand au piano...
Des fantômes qui, malgré les nombreuses années
Je ne peux pas exorciser.
Traduction de Français par Marlene Nass
Os versos são malvados, mas trazem uma sensação tão boa para nossa alma... nossa... viajei na música contida nas entrelinhas! Grande mestre, Naldo velho!
ResponderExcluirCada vez melhor !!! poema para o deleite de nossas almas !
ResponderExcluirAh,seus versos tocam as cordas
ResponderExcluirdo violão de minha alma canta
lágrimas de emoção.
Magia da poesia tocar profundamente
um coração.
Magia do grande poeta,a tocar as cordas
com maestria as cordas de minha emoção.