NALDOVELHO
Pessoa contaminada de orvalho
necessita perambular pelas ruas,
cultivar vastos campos de sonhos,
contaminar outras pessoas
fazendo-as imunes
ao veneno das madrugadas,
e por tanto e louco feitiço
iniciá-las nos mistérios,
ritos sagrados da lua cheia.
Pessoa que se alimenta de insônia,
é antes de tudo um forte,
a pele curtida pelo vento,
os olhos marejados pela dor
de já ter vivido mil mortes,
de ter se apaixonado pelo caminho,
de ter se perdido em atalhos
e de ter sobrevivido ao veneno
da mais sedutora sereia.
Paixão, magia, saudade...
Podia ter sido tão diferente!
Pessoas com encosto de nostalgia,
acabam ficando abestadas,
vivem de falar bobagens,
uns viram poetas,
outros enlouquecem também,
mas há sempre aquele que nega,
tranca desgostos a sete chaves,
morre uma única morte
e não deixa nada pra ninguém.
Lindo, Naldo! Que maravilha de achado "contaminada de orvalho". Tantas coisas ruins a nos contaminar e você conseguiu, num poema, uma contaminação do bem, do bom! Parabéns, poeta, e que eu seja contaminada, morra uma única morte, mas deixe poesia orvalhando onde me depositarem.
ResponderExcluirBitokitas de muita luz e poesia procê.
sempre adorável amigo.
ResponderExcluirseu poetar sempre nos faz sentir emoções,adoro td que escreve..bjim.
Tentei buscar algumas palavras para comentar sua poesia.
ResponderExcluirNão encontrei.
Ela fala por si própria.
Lindo!
Parabéns, sempre, Naldo!
Abraços
Que lindo amigo!
ResponderExcluirA sua primeira estrofe então, encantou-me. Fiquei a imaginar uma "pessoa contaminada de orvalho"...senti o cheiro, o frescor da pele, pequenas gotinhas sobre a pele e me encantei, Deve ser maravilhoso.
Uma excelente sexta-feira Santa. Com muita fé e amor em seu coração.
Abraços.
Bom dia Amigo...Boa Páscoa.!!! Como sempre mais uma vez terei que te dar os parabéns....Belíssimo este "Contaminada de Orvalho" De ter se apaixonado pelo caminho,
ResponderExcluirde ter se perdido em atalhos..Paixão, magia, saudade...
Podia ter sido tão diferente!...mas não foi...as lições aprendem-se exactamente, quando nos perdemos por estes atalhos...que delícia..todos os teus poemas...Bem hajas por partilhares...beijitos
Eita, contaminação maravilhosa! Que nos deixa enfeitiçados pela lua e os mistérios da noite...Bravos, poeta! Parabénsssss!!! Abraços
ResponderExcluirCONTAMINATED PERSON OF DEW
ResponderExcluirNALDOVELHO
Contaminated person of dew
it needs to wander in the streets,
to cultivate vast fields of dreams,
to contaminate other persons
making them immune
to the poison of the dawns,
and for so much and crazy charm
to initiate them into the mysteries,
sacred rites of the full moon.
Person who is fed of insomnia,
it is before all a fort,
the skin tanned by the wind,
the eyes wetted by the pain
of having already survived thousand deaths,
of it have when if it fell in love by the way,
of having if lost in short cuts
and of having survived the poison
of the most seductive mermaid.
Passion, magic, longing...
It could have been so different!
Persons with back of nostalgia,
they finish being vaults,
they live of speaking sillinesses,
a few they become poets,
others go mad also,
they are always to me what it denies,
it locks displeasures to seven keys,
the only death dies
and it does not leave anything for anybody.
Translated into English by Marlene Nass.
PERSONNE CONTAMINÉE DE ROSÉE
ResponderExcluirNALDOVELHO
Personne contaminée de rosée
Il faut se promener dans les rues,
à cultiver de vastes champs de rêves,
pour contaminer d'autres personnes
ce qui les rend immune
le poison de l'aube,
et pour autant et charme fou
pour les lancer dans les mystères,
rites sacrés de la pleine lune.
Personne qui est nourri de l'insomnie,
C'est avant tout un fort,
la peau tannée par le vent,
les yeux mouillés par la douleur
d'avoir survécu déjà de milliers de morts,
Il ont alors si il est tombé amoureux,
d'avoir perdu en bref coupe
et d'avoir survécu le poison
de la sirène plus séduisante.
Passion, magique, nostalgie...
Il aurait pu être tellement différent !
Personnes avec fond de nostalgie,
ils terminent actuellement les voûtes,
ils vivent de parler sillinesses,
quelques poètes, deviennent
d'autres fou aussi,
ils sont toujours pour moi ce qu'elle nie,
Il verrouille les déplaisirs à sept clés,
la seule mort meurt
et il ne laisse pas n'importe quoi pour n'importe qui.
Traduit en Français pour Marlene Nass.
Uau, que beleza, me identifiquei com o ''noturno'' do poema!!!
ResponderExcluirBeleza, amigo Naldo Velho, parabéns.
Adorei. Você fez uma mixagem de sentimentos, horas incrível. beijos com carinho.
ResponderExcluirBravo amado poeta! Que pérola!
ResponderExcluirMaravilha!!!
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