sexta-feira, 29 de julho de 2011

LUA DESGOVERNADA

   NALDOVELHO

   Lua desgovernada
   nas trilhas da imensidão,
   tomou torneis de aguardente,
   tropeçou numa estrela cadente,
   mergulhou num oceano de escolhas,
   soçobrou numa praia deserta,
   naufraga de suas ilusões.

   Lua desgovernada
   saiu perambulando pela cidade,
   refugiou-se numa casa suspeita,
   ficou amiga de uma mulher da vida,
   fumou um baseado e meio,
   trepou com o bordel inteiro,
   adormeceu o seu coração.

   Lua desgovernada
   não quer mais iluminar minhas noites,
   cansou da nostalgia do poeta,
   virou mulher de vida incerta;
   e tome mais aguardente
   que a noite vai ser de saudade...
   Quando olho de minha janela
   vejo a dor lá no céu e me calo.

6 comentários:

  1. UNGOVERNED MOON

    NALDOVELHO

    Ungoverned moon
    on the tracks of the vastness,
    it took swivels of spirit,
    it stumbled in a shooting star,
    it plunged in an ocean of choices,
    it sank in a deserted beach,
    castaway of his illusions.

    Ungoverned moon
    it went out wandering for the city,
    it took refuge at a suspect home,
    she was a friend of a woman of the life,
    it smoked one hemp and a half,
    it climbed with the whole brothel,
    heart went numb his.

    Ungoverned moon
    it does not want to illuminate any more my nights,
    it got tired of the nostalgia of the poet,
    she became a woman of uncertain life;
    and take more spirit
    that the night it is going to be of longing...
    When I look of my window
    I see the pain there in the sky and am silent.


    Translated into English by Marlene Nass.

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  2. Olá Naldo!
    Mais um belo poema... Obrigada por compartilhar...
    Tenha uma semana iluinada!
    Abraços!
    Ligi@Tomarchio®

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  3. LUNE NON GOUVERNÉE

    NALDOVELHO

    Lune non gouvernée
    sur les empreintes de l'immensité,
    il a pris pivote de l'esprit,
    il a trébuché dans une étoile filante,
    il a plongé dans un océan de choix,
    il a enfoncé une plage abandonnée,
    naufragé de ses illusions.

    Lune non gouvernée
    il est allé se promener pour la ville,
    il a pris le refuge à un suspect à la maison,
    elle était un ami d'une femme de la vie,
    il a fumé un chanvre et demi,
    il a grimpé avec la maison de passe entière,
    le coeur est allé engourdi son.

    Lune non gouvernée
    il ne veut pas éclairer plus mes nuits,
    c'est devenu fatigué de la nostalgie du poète,
    elle est devenue une femme de vie incertaine;
    et prenez plus d'esprit
    que la nuit il aille être du grand désir...
    Quand je regarde de ma fenêtre
    Je vois la douleur là dans le ciel et suis silencieux.


    Traduit dans Français par Marlene Nass.

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  4. Mas que lua bandida você foi arrumar...melhor largar dela e puxar a fila para uma lua nova....bom descanso...abreijos, guida

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  5. Que lua danadinha, tomou todas, aprontou e ainda cansou da nostalgia do poeta...rsrsrs...Naldo Velho, grande poeta, vc sabe poetar brincando. É sempre um prazer desfrutar da beleza de seus poemas. Ameeeei...Abraços.

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