sábado, 30 de julho de 2011

MINHA ESTRADA ESBOÇO

   NALDOVELHO
  
   Toda a vez que percorro
   minha estrada esboço,
   mais tenho a certeza
   de já ter andado por aqui,
   de que fui limo de pedra,
   fui água de rio,
   chuva forte e desastre,
   e hoje sou desafio
   de minha evolução.

   Toda a vez que abro a janela
   e vejo o dia que nasce,
   mais tenho a certeza
   que a vida não passa,
   eu é que passo por ela,
   e a todo o momento
   colho pétalas e espinhos,
   escorrego e caio
   e a cada tombo eu me acho,
   coração do poeta é um escracho,
   quantos tombos mais hei de tomar?

   Toda a vez que lembro
   a linguagem dos anjos,
   mais tenho a certeza
   de minhas escolhas.
   E a cada escolha uma história,
   e a cada história eu me absolvo,
   e ainda que não lembre dos detalhes,
   tenho sempre a impressão
   de que o infinito é uma escolha,
   não um lugar para se chegar.

7 comentários:

  1. POeta escreve divinamente...adoro teus poemas...abs meus

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  2. I Sketch My Road.

    NALDOVELHO

    The whole time through what I go
    I sketch my road,
    more I am sure
    of having already walked this way,
    of what I was a water weed from stone,
    I was a water of river,
    strong rain and disaster,
    and today I am a challenge
    of my evolution.

    The whole time that I open the window
    and I see the day that is born,
    more I am sure
    what the life does not pass,
    it is me who passes by her,
    and at the whole moment
    I gather petals and thorns,
    I slip and fall
    and to each tumble I am,
    heart of the poet is one I tell off,
    all the tumbles more will I take?

    The whole time what I remember
    the language of the angels,
    more I am sure
    of my choices.
    And to each choice a history,
    and to each history I absolve myself,
    and though it does not remember of the details,
    I always have the impression
    of what the infinity is a choice,
    not a place to approach.


    ( Translation for English by Marlene Nass )

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  3. Mon Talon de la Route.

    NALDOVELHO

    toute fois que je
    mon talon de route, plus
    sûr
    ont déjà été par ici,
    de qui j'étais boue de Pierre, l'eau de la rivière,
    alla
    fortes pluies et la catastrophe, et aujourd'hui, je suis
    mon
    conteste
    évolution.
    chaque fois ouvrir la fenêtre de
    et de voir le jour qui se lève, plus

    je suis certain que la vie est
    j'étape à travers elle,
    et tout le temps
    je récolte pétales et épines,
    glissement et Gaius
    et automne, je crois,
    au cœur du poète est un rétrograder,
    comment tombeau beaucoup plus je vais prendre?

    chaque fois ils souviennent
    la langue des anges,
    plus certain de mon choix

    . Et chacun choisir une histoire,
    et chaque histoire je pardonne,
    et toujours ne pas être au courant des détails, je suis toujours l'impression

    que l'infini est un choix,
    pas un endroit pour atteindre



    ( Traduit en Français par Marlene Nass.)

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  4. Sempre encantadores os seus poemas!Um prazer te ler!Bjs e boa semana!

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  5. "de que o infinito é uma escolha,
    não um lugar para se chegar."
    Verdade inconteste; o céu é o limite para os poetas!

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  6. ..."fui limo de pedra,fui água de rio, chuva forte e desastre, e hoje sou desafio da minha evolução". Meu caro poeta, são os desafios solitários que vamos superando ao longo da caminhada... Obrigada por partilhar tão belas poesias, da gosto ler seus poemas, amigo Naldo Velho! Parabéns!!! Abraços

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