Ando colhendo palavras chuvosas,
raras vezes em nuvens pesadas,
normalmente chuva miúda,
coisinha à toa, nada pra assustar.
Coisas do mês de novembro,
primavera, e se bem me lembro,
amor perfeito, begônias, crisântemos.
Não esquecer as azaléias,
nascidas no inverno, e ainda por aqui.
Ando colhendo palavras floradas,
congestionamento de borboletas,
passarinhada em festa,
principalmente colibris,
em córregos de águas claras,
pelas manhãs, serra acima,
dose certa de frio, um pouco de neblina,
muita umidade no ar.
Outro dia colhi a palavra semente,
guardei-a com todo o cuidado,
para que florescesse jardim.
Depois, colhi, a palavra vivências,
com todas as suas raízes,
nunca pensei que fossem
tão poderosas assim.
Ando colhendo a palavra canteiros
em tardes preguiçosas, novembro,
café expresso, música suave,
nostalgia pra todo o lado,
ainda sinto falta de um cigarro,
gotas de chuva miúda,
tudo misturado num bloco de papel pautado...
Versos acasalados, poemas.
HARVEST OF WORDS
NALDOVELHO
I walk gathering rainy words,
seldom in heavy clouds,
normally small rain,
little thing at random, not at all to frighten.
Things of the November,
spring, and if I well remember,
pansy, begonias, chrysanthemums.
Not to forget the azaleas,
when they were born in the winter, and still this way.
I walk gathering bloomed words,
traffic jam of butterflies,
birded in party,
principally hummingbirds,
in streams of clear waters,
for the mornings, it saws above,
certain dose of coldness, a little of fog,
great moisture on air.
Another day I gathered the word seed,
I guarded it with the whole care,
why was garden flowering.
Then, I gathered, the word existences,
with all his roots,
I never thought that they were
so mighty so.
I walk gathering the word flowerbeds
in lazy afternoons, November,
definite coffee, gentle music,
nostalgia for the whole side,
I still miss a cigarette,
drops of small rain,
completely mixed in a block of ruled paper...
Mated verses, poems.
Translated into English by Marlene Nass.
RÉCOLTE
DE MOTS
NALDOVELHO
Je
marche de collecte des pluies mots,
rarement
dans les nuages lourds,
normalement petite pluie,
petite
chose au hasard, pas du tout pour effrayer.
Choses
de novembre,
au
printemps et si j'ai bien n'oubliez pas,
Pansy,
bégonias, chrysanthèmes.
Ne
pas oublier les azalées,
quand
ils sont nés en hiver et toujours de cette façon.
Je
marche cueillette des mots fleuris,
embouteillage
de papillons,
birded
en partie,
principalement
des colibris,
dans
les ruisseaux d'eaux claires,
pour
le matin, il scies ci-dessus,
certaines
doses de froideur, un peu de brouillard,
grande
humidité sur l'air.
Un
autre jour, que j'ai réuni la semence de la parole,
Je
le gardé avec le soin de tout,
Pourquoi
le jardin a été floraison.
Ensuite,
j'ai réuni, les existences de mot,
avec
toutes ses racines,
J'ai
jamais pensé qu'ils étaient
donc
si puissant.
Je
marche rassemblant les plates-bandes de mot
après-midi
paresseux, novembre,
certaine
musique douce cafée,
nostalgie
pour la partie entière,
Me
manque encore une cigarette,
gouttes
de pluie petit,
complètement
mélangés dans un bloc de papier ligné...
Versets
accouplées, poèmes.
Traduit
en Français pour Marlene Nass.
Parabêns poeta,linda e inspiradora poesia!!!
ResponderExcluir"Belas colheitas que acasalam poemas".
ResponderExcluirPerfeito!!
Grande Poeta!
ResponderExcluirQue doçura...lindas palavras. Parabéns pela belíssima composição poética.
Um abraço.
Oh, meu amigo que coisas lindas você colheu!
ResponderExcluirMaravilhoso, Naldo, curti mto a sua companhia hj lá no Brinde, obrigada por toda a ajuda, Deus o abençoe
ResponderExcluir"Outro dia colhi a palavra semente,
ResponderExcluirguardei-a com todo o cuidado,
para que florescesse jardim.
Depois, colhi, a palavra vivências,
com todas as suas raízes,
nunca pensei que fossem
tão poderosas assim."
Belíssima colheita Poeta!!!
Linda noite pra Ti...
Abraços... Milla
Meu especial amigo...bendito sejas, que semeias a vida, com versos à mancheias e colhes o carinho dos teus leitores e amigos...feliz domingo...abreijos, guida
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