NALDOVELHO
Envolto em sombras
o homem aprisionado ao seu umbigo
olha em direção ao nada,
fuma um cigarro atrás do outro
e por estranho que pareça
não percebe o que existe
além de si mesmo.
Não entende que a clausura
o alimenta e consome,
não sabe da lágrima que escorre
no aceno do adeus,
nem do sorriso da mulher
abraçada no aconchego
de um amor que é só seu.
O homem aprisionado ao seu umbigo
já nem sabe o que o espera,
pois na linha do horizonte
muito pouco se revela
para quem não acredita
que faz parte desta vida
o caminho e o tropeço,
que todo rumo é certo e errado,
que o tempo que se tem
é infinito em procuras,
e que a eternidade é uma escolha
para quem ousa acreditar.
O homem aprisionado ao seu umbigo
não saboreia frutas tenras,
pois o medo o domina
e o impede de voar.
Pobre homem que esqueceu de viver.
ResponderExcluirAinda bem que um bardo anunciou a sua existência aos quatro cantos.
Parabéns, sempre, Naldo!
Ab
Olá meu querido amigo....ainda bem que os poetas estão aprisionados ao coração e ao olhar observador da vida, pensamentos e sentimentos, pois assim transmitem ao mundo uma gama de emoções. Abreijos, guida
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