Tela: Solidão de autoria de Naldo Velho
NALDOVELHO
NALDOVELHO
Quando aprendi a escrever versos,
comecei a fazê-los em silêncio,
imperceptíveis se olhados por fora,
claros se percebidos por dentro.
Aprendi a falar sobre o tempo
do amor que trazia em meus olhos
que por mais que me olhassem por horas
nunca perceberam-me o intento.
Quando me vi no umbigo em clausura,
comecei a olhar os de fora,
vi que a dor que se sente
não é entre nós tão diferente.
Aprendi a falar sobre o engano
como quem fatia o corpo em postas
e que a vida é feita de perdas,
que ensinam a abrir novas portas.
Quando recebi alvará de soltura,
fiz do verso a amplitude da loucura,
viajei por enredos estranhos,
todos eles em desalinho.
Aprendi que os anjos são eternos,
e que a colheita se faz nos caminhos,
sementes de poesia em versos
que alguém por aqui nos deixou.
Quando resolvi ser poeta,
sabia da solidão a que me impunha,
quis ser anjo, ser sonho, ser terno,
semente a ser colhida ao seu tempo.
Aprendi que o sentido do verso,
é ser parte da existência no alicerce,
ainda que nem saibam o meu nome,
e as minhas palavras se percam depois.
THE SENSE OF MY VERSES
THE SENSE OF MY VERSES
NALDOVELHO
When I learnt to write verses,
I began to do them in silence,
imperceptible if looked outside,
clear if realized on the inside.
I learnt to speak on the time
of the love that it was bringing in my eyes
what however much they were looking at me for hours
they never realized me the intention.
When I saw myself in the navel in enclosure,
I began to look at them from the outside,
I saw that the pain that is felt
it is not between us so differently.
I learnt to speak on the mistake
like whom it slices the body in pieces
and that the life is done from losses,
what teach opening new doors.
When I received permit of looseness,
I did from the verse the amplitude of the madness,
I toured strange plots,
all of them in untidiness.
I learnt that the angels are eternal,
and what the harvest does to itself in the ways,
seeds of poetry in verses
that someone this way left us.
When I resolved to be a poet,
he knew of the solitude that it was imposing on me,
he wanted to be an angel, to be a dream, to be a suit,
seed to be gathered at his time.
I learnt that the sense of the verse,
it is to be a part of the existence in the foundation,
though they do not even know my name,
and my words are lost then.
Translated into English for Marlene Nass
LE
SENS DE MON VERSETS
NALDOVELHO
Lorsque
j'ai appris à écrire des versets,
J'ai
commencé à faire leur en silence,
si
imperceptible regardé de l'extérieur,
clair
si perçu d'intérieur.
J'ai
appris à parler de la météo.
de
l'amour qui ont entraîné dans mes yeux
qu'en
plus de chercher heures
jamais
rendu compte de l'intention.
Quand
j'ai vu sur le nombril de clausura,
J'ai
commencé à regarder à l'extérieur,
J'ai
vu que la douleur qui se sent
n'est
pas entre nous si différents.
J'ai
appris à parler de l'erreur.
comme
qui mis le corps en tranche
et
que la vie est faite de pertes,
Cela
vous apprendra comment ouvrir de nouvelles portes.
Quand
j'ai reçu une Charte de la libération,
a
l'arrière de l'ampleur de la folie,
J'ai
voyagé par étranges parcelles,
toutes
en quelque peu échevelée lit.
J'ai
appris que les anges sont éternels,
et
que l'acquisition se déroule dans les chemins d'accès,
graines
de la poésie dans les versets
quelqu'un
ici nous a quitté.
Quand
j'ai décidé d'être un poète,
savait
de solitude qui fait de moi,
voulait
être Angel, rêver, être costume,
semences
à prendre votre temps.
J'ai
appris que le sens du verset,
est
faisant partie de l'existence de la Fondation,
Bien
que ne savent pas mon nom,
et
mes mots sont perdus par la suite.
Traduit
en Français par Marlene Nass
Você é o poeta!
ResponderExcluirlindo poema!! (várias exclamações bem sentidas)
ResponderExcluirEntrelinhas que hoje se revelam neste Poema intimista.
ResponderExcluirParabéns, Poeta!
Tudo a ver comigo, tudo o que sinto que sou, a parte mais profunda da solidão é o poeta que sente, obrigado, Naldo, vc consegue traduzir em versos sentimentos tão entranhados em nós, parabéns, grande abraço!
ResponderExcluirOlá, grande Poeta! Salve, salve!
ResponderExcluirOs poemas...pequeninos versos, inspirações que vem do além...
Ah!Eles nascem e reproduzem não sei como, nem sei o por quê.
Só sei que eles amadurecem, também e morrem dentro de mim.
Abraços
Rosemary Quintas
Seus poemas são sementes deixadas pelos caminhas da vida de forma espetacular, poeta! Parabéns, muitos parabéns! Adorei amigo Naldo...abraços
ResponderExcluirNeuza Rodrigues Ferreira Escolhemos sempre o que gostamos de fazer,não importando os os benefícios que isso irá nos trazer,o importante é fazer,criar e viver,fazer sonhos renascer em cada poema uma nova aventura,adoro todos meu amigo Naldo Velho,abraço
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