NALDOVELHO
Não é verdade que eu viva no mundo da lua!
E ainda que vez por outra eu ande por lá,
é só de vez em quando, rapidinho volto pra cá.
A maior parte do tempo, eu vivo mesmo, é entre escombros,
sentimentos em carne viva, palavras destrambelhadas,
lembranças empoeiradas, pequenos e nostálgicos objetos,
frases que tenham vocação para versos,
livros espalhados pra todo o lado e cd´s, muitos cd´s!
Gasto um tempo danado fuçando, tentando perceber coisas
que ninguém mais consegue ver.
Gosto também de ficar construindo castelos de areia,
perco um bom tempo nisso,
até que chegue a maré cheia e desmanche meu prazer.
Tem dias que cismo de andar pela cidade,
dobro esquinas, exploro ruas, becos, praças, pessoas,
recantos onde a quietude se estabeleceu por completo,
e fico planando até a inquietude que eu tenho
dizer que já é hora de me recolher.
Outro dia passei a tarde toda mastigando um poema,
e ele tinha um sabor diferente:
lembrava um pouco as amoras que pela vida afora eu colhi.
Gosto de passar minhas horas mastigando palavras,
até ter delas seus significados,
não aqueles que todo mundo vê, mas aqueles outros,
que precisamos saber perceber.
Portanto, não é verdade que eu seja um poeta!
Não é verdade que eu viva no mundo da lua!
E ainda que vez por outra eu ande por lá,
é só de vez em quando, rapidinho volto pra cá.
A maior parte do tempo, eu vivo mesmo, é entre escombros,
sentimentos em carne viva, palavras destrambelhadas,
lembranças empoeiradas, pequenos e nostálgicos objetos,
frases que tenham vocação para versos,
livros espalhados pra todo o lado e cd´s, muitos cd´s!
Gasto um tempo danado fuçando, tentando perceber coisas
que ninguém mais consegue ver.
Gosto também de ficar construindo castelos de areia,
perco um bom tempo nisso,
até que chegue a maré cheia e desmanche meu prazer.
Tem dias que cismo de andar pela cidade,
dobro esquinas, exploro ruas, becos, praças, pessoas,
recantos onde a quietude se estabeleceu por completo,
e fico planando até a inquietude que eu tenho
dizer que já é hora de me recolher.
Outro dia passei a tarde toda mastigando um poema,
e ele tinha um sabor diferente:
lembrava um pouco as amoras que pela vida afora eu colhi.
Gosto de passar minhas horas mastigando palavras,
até ter delas seus significados,
não aqueles que todo mundo vê, mas aqueles outros,
que precisamos saber perceber.
Portanto, não é verdade que eu seja um poeta!
E ainda que vez por outra eu cometa um poema,
sou só alguém que vive de tentar perceber.
sou só alguém que vive de tentar perceber.
Nostálgico....triste...mas belo todo seu conteúdo...suas poesias eu gosto muito de absorvê-las e refletíndo-as...Bela poesia! Adorei! parabêns poeta NALDOVELHO! SAUDAÇÕES!!!
ResponderExcluirGostei amigo Ronaldo. Muito legal. Parabéns.
ResponderExcluirAbraço fraterno do amigo Paulo Resende. Fique na PAZ DE DEUS.
Você, amigo, é um viajante da vida. E a vida apresenta para si coisas que para a maioria são minudências, limalhas... S´você lhe confere o real valor...
ResponderExcluirContinue viajando. Tem muito caminho pela frente.
Como gosto de ler tudo que escreve,obrigada Naldo Velho.
ResponderExcluir"Sou só alguém que tentar perceber" e, percebendo, registra suas impressões, muitas vezes melancólicas, mas resiste!
ResponderExcluirRosângela de Souza Goldoni
Ó silêncio da dolência
ResponderExcluirque voas com uma asa saída
com o horizonte na mente
que perpétua interiormente
a sapiência do desejo da cura
após as muralhas do amor.
Julius / Júlio Lourenço
Poeta das cores
Que coisa mais poética, brilhante, "cometer um poema". Naldo, curto tudo o que vc escreve mais e mais a cada dia, bjs
ResponderExcluirO poeta mesmo quando escreve lembranças triste, sabe bem fazê-lo.
ResponderExcluirE como sempre , eu adoro seu jeito de passar suas emoções.
Nesses versos:
"Gasto um tempo danado fuçando, tentando perceber coisas
que ninguém mais consegue ver.
Gosto também de ficar construindo castelos de areia,
perco um bom tempo nisso,
até que chegue a maré cheia e desmanche meu prazer."
Eu também faço isso...adoro perceber, o que ninguém consegue perceber...fico atenta ao menos sinal, da vida, das coisas, da natureza. E amo sonhar, criar castelos. E como não tenho o mar, para desmanchá-los, apenas abro os olhos, e meus sonhos se vão.
Parabéns amigo Naldo...por todos seus poemas, que tanto adoro.
Uma ótima tarde de domingo.
Um grande e fraterno abraço.
Todo poeta traz dentro de si um Naldo Velho, pode não saber se expressar fantasticamente como ele, mas todo poeta traz um poema mastigado por toda tarde, um poema com sabor diferente...
ResponderExcluirNaldo querido teus poemas traz o sentido de uma vida é como passar um filme de um minuto de nossa vida onde coisas são e serão relembradas para sempre , é perfeito amo seus poemas PARABNES.
ResponderExcluir