terça-feira, 18 de outubro de 2011

UM AMONTOADO DE COISAS (LUZ E SOMBRAS)


   NALDOVELHO

   Um amontoado de ossos
   guardados na gaveta da cômoda,
   restos de histórias mal resolvidas,
   alguns ainda mostram
   evidências de fraturas,
   outros desgastados
   pelo tempo em clausura.

   Um amontoado de livros
   espalhados pelo quarto,
   a maioria, romances 
   que teimam inacabados,
   alguns ainda incomodam
   quando ficam no escuro,
   outros lamentam e choram
   relegados ao passado.

   Um amontoado de fantasmas
   deitados em minha cama,
   a maioria ainda pensa
   que vive em meus sonhos,
   alguns poucos pedem coisas,
   sussurram indecências,
   atormentam o poeta
   que já não tem forças pra fugir.

4 comentários:

  1. Acredito no deus que sabe dançar, como no poeta que dá luz às trevas do mundo. São poucas palavras, milhões de faíscas de emoção forte nisto que sinto ao beber o poema, belo trabalho de sintonia e destreza em arrumar história a produzir sonhos. beijinho!

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  2. Belíssimo poema! Mostra um mundo já vivido e que continua nos prendendo desarrumando a mente e não se desmancha em cinzas porque a saudade é o verniz que não os deixa partir.

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  3. Um amontoado de sentimentos querido Naldo!

    Um amontoado de inspiração e sensibilidade!

    Te rendo letras meu Poeta!

    Parabéns!

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  4. Boa noite amigo...que todos os amontoados se transformem em poemas plenos de sensibilidade e talento.....abreijos, guida

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