NALDOVELHO
Trago em minhas mãos
coisas raras, presentes,
essência de alfazema,
iguarias do mar,
pedras preciosas,
cristais reluzentes,
de puro brilho e pureza
para enfeitar-te ao luar.
Trago um coração já cansado
por muitas e pesadas escolhas,
batalhas, perdas, vitórias
por muitos caminhos, perigos,
na busca incessante do abrigo.
Trago o carinho dos tolos,
a inocência da criança,
a audácia dos amantes
e a verdade dos poetas,
pois minha nudez é coisa certa,
garantia de que o que eu te oferto
tem a transparência das águas
e o frescor da brisa envolvente;
é alimento, é fruto sadio,
colhido em terras distantes,
em tempos de andanças, errante.
Faz tempo eu procuro teus braços,
teu colo, teu corpo, um lar.
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