sexta-feira, 7 de outubro de 2011

INVISÍVEL (ARQUIVO)

   Andressa Buonincontro e Naldo Velho

   Feche os olhos para que possas me ver!
   Sou quem que vaga pelo universo,
   a catar sobras de versos
   que outros poetas não ousaram cometer.

   Sou luz que colore o horizonte,
   sou a resposta que por lá se esconde,
   sou tudo que almeja a tua imaginação.

   Sou a força do vento que varre pra longe
   as incertezas que assombram teu caminho
   e o silêncio desejado pela alma
   que sedenta de tanta jornada
   busca o orvalho e se acalma.

   E não importa de onde venho,
   quando, ou para onde vou,
   o sempre é o meu tempo de recomeçar.
   E ainda que não possas me tocar,
   vibrará sempre a minha voz no íntimo do teu ser
   e no aconchego do teu lar.

   Sou anjo encarnado e a redenção do pecado,
   sou a poesia que se expande nas palavras fazedeiras,
   sou primavera, outono, verão e inverno,
   sou o enigma primeiro, sou a estrela da manhã.

   Sou floresta, sou rio, sou mar,
   sou música sagrada a ecoar pelas jornadas,
   sou cio e semente de um futuro melhor,
   sou raça, sou credo, sou sangue da terra,
   sou a força que habita teu coração.

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