Andressa Buonincontro e Naldo Velho
Feche os olhos para que possas me ver!
Sou quem que vaga pelo universo,
a catar sobras de versos
que outros poetas não ousaram cometer.
Sou luz que colore o horizonte,
sou a resposta que por lá se esconde,
sou tudo que almeja a tua imaginação.
Sou a força do vento que varre pra longe
as incertezas que assombram teu caminho
e o silêncio desejado pela alma
que sedenta de tanta jornada
busca o orvalho e se acalma.
E não importa de onde venho,
quando, ou para onde vou,
o sempre é o meu tempo de recomeçar.
E ainda que não possas me tocar,
vibrará sempre a minha voz no íntimo do teu ser
e no aconchego do teu lar.
Sou anjo encarnado e a redenção do pecado,
sou a poesia que se expande nas palavras fazedeiras,
sou primavera, outono, verão e inverno,
sou o enigma primeiro, sou a estrela da manhã.
Sou floresta, sou rio, sou mar,
sou música sagrada a ecoar pelas jornadas,
sou cio e semente de um futuro melhor,
sou raça, sou credo, sou sangue da terra,
sou a força que habita teu coração.
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