NALDOVELHO
Meus desejos, teus desejos,
espalhados pelo quarto.
O teu cheiro a dominar o ambiente,
por esfregas indecentes
que eu não devo descrever.
Minhas marcas, tuas marcas,
pouco importa se latentes,
tatuagens que eu abrigo
em meu peito impunemente.
Tardes frias e chuvosas,
tardes lentas, preciosas,
de palavras contundentes
reveladas entre dentes.
Teus gemidos, incontidos,
teu sorriso, ainda me lembro...
Tua imagem num retrato
ainda mora no meu quarto.
Se em tintas transparentes,
se descritas em poemas,
só revelam a saudade
e uma dor de não poder.
Belas recordações!
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