NALDOVELHO
Trago violões seresteiros
e uma flauta transversa,
bandolins de primeira
num chorinho assanhado
e a madrugada se apressa
numa esquina deserta,
uma cantiga, um poema,
num compasso profano,
ritual do prazer.
Trago um sorriso abusado
e um olhar de soslaio,
e numa trilha, ou atalho,
vou sentir o orvalho
a escorrer do seu corpo...
Quanto cheiro e aconchego
embalando meus sonhos,
harmonias vadias
em seu colo eu proponho
mas quem sabe eu me apego,
em seu colo eu proponho
mas quem sabe eu me apego,
apaixono e pronto!
Precioso é o acorde
em tom menor, vê se pode!
Pois o amor quando explode,
melodia se entranha
e deixa marcas profundas
dentro de nós.
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