NALDOVELHO
Tua ausência é nostalgia
que se assanha em meu leito
e se entranha em meu peito,
me envolvendo numa teia estranha,
tipo teia de aranha...
Tua ausência
é ferida exposta ao tempo,
incomoda, arde, arranha,
mas não sangra!
Tua ausência
é o teu cheiro pela casa...
Por mais que eu abra
portas e janelas,
teima em me assombrar!
E aí, haja voz embargada,
que é pra não gritar teu nome,
lágrima indecisa,
segredo calado e guardado,
caco de vidro espetado
que eu não consigo desencravar.
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