A flauta encantada que se quebrou,
a boneca de pano que alguém rasgou,
o encanto da cantiga que o mundo esqueceu,
o ontem já se foi, só nos restam pedaços,
pequenas recordações.
O soldadinho de chumbo, o Forte Apache,
a bola de gude, o trem elétrico (nunca tive um!),
o menino travesso que a vida tragou,
a esquina da rua que não se dobrou,
a reta da haste partida num canto,
o resto das coisas perdidas no tempo,
ao longe os passos de quem já passou,
hoje, é só história, contada por quem se lembrou;
do choro perdido nas noites de medo,
da velha casa, tantos segredos,
meninos brincando lá no quintal.
Pés descalços na água suja, o pito sério,
fiquei de castigo, roupa branca no varal.
É noite de lua, o rádio ligado,
a rua deserta, já não somos os mesmos,
e está tudo mudado, só nos restam lembranças...
Monumento preservado!
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