NALDOVELHO
Homenagem póstuma
Por trás daquela porta
histórias inacabadas,
sonhos interrompidos,
sentimento, silêncio, solidão.
Pelas ruas, vento frio, outono,
e as pessoas passam e não percebem:
ruas do meu Rio entristecidas.
Ao longe, um navio nos avisa:
mar inquieto, nuvens esparsas,
sinal de partida, solidão.
Por trás daquela porta,
palavras órfãs, emudecidas...
O poema está morto,
já não lhe bate o coração.
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