terça-feira, 4 de outubro de 2011

CIDADE DESERTA (ARQUIVO)

   NALDOVELHO

   Dedilhar num piano,
   nota por nota,
   construir em acordes
   uma harmonia indecente.
   Janelas abertas,
   cidade deserta...

   Quem sabe um tango?
   Talvez um bolero?
   Mas que seja um cubano!
   Saudar os meus planos
   e os meus muitos enganos.

   Já faz tanto tempo
   na cidade dos sonhos
   uma dúvida incomoda:
   um quê de quero, não quero,
   acender um cigarro,
   uma Wodka do lado,
   um frio danado,
   pois inventaram o inverno,
   só pra doer mais
   a saudade que eu tenho...

   Saudade de você!

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