quinta-feira, 20 de outubro de 2011

VERSOS INDECENTES (ARQUIVO)

   NALDOVELHO

   Versos úmidos
   em espaços sedentos,
   materializam o desejo,
   despertam sentimentos.

   Versos libertos
   em espaços entreabertos,
   deixam registrados
   rastros desconexos.

   Versos que eu proponho,
   tipo ventania,
   sacodem as entranhas,
   afastam calmaria.

   Ao alargar o leito
   de um córrego tranqüilo,
   criamos corredeiras
   e até uma cachoeira
   que jorra impunemente
   e inunda toda a casa,
   e assim desabrigados,
   melhor não resistir!

   Versos de nós dois,
   versos por nós dois...
   Versos! E depois?

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