sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FOI COMO UM CLARÃO (ARQUIVO)

   NALDOVELHO

   Foi como um clarão,
   coisa assim surgida do nada,
   que sem pedir licença,
   invadiu meu quarto,
   iluminou meu corpo,
   afugentou sombras,
   expôs feridas, tratou-as
   e depois, desapareceu.

   Mas deixou marcas,
   provas, evidências,
   na cama, nos lençóis,
   nos travesseiros,
   em meu corpo
   e em meu coração.

   E minha alma, hoje, apaziguada,
   derrama palavras como água,
   palavras que viram poemas,
   que quem sabe um dia
   também possam ser,
   luzes surgidas assim do nada,
   a invadir quartos, curar feridas...

   Quisera assim possam ser!

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