quarta-feira, 19 de outubro de 2011

LUZ MADRUGADEIRA E HOJE SOU MADRUGADA (DUETO/ARQUIVO)



  HOJE SOU MADRUGADA
   RIVKAH COHEN

   Existe um momento
   que só olho,
   e não envio informação lá para dentro.

   A cada minuto desboto
   como se a cor estivesse em leilão
   e eu não participasse do evento.

   Bati na parede do meu coração
   e a porta se abriu,
   qual casa abandonada
   e vi quando a emoção saiu
   um tanto desorientada.

   Não sei se estou só cansada
   ou já não dou sinal de vida.

   Sei que hoje sou madrugada
   em rua que não tem saída..


   LUZ MADRUGADEIRA
   NALDOVELHO

   Eu vi uma luz madrugadeira
   a iluminar tua porta,
   era de um azul verdadeiro,
   que variava em muitos matizes
   indecentemente felizes.
   E chamava pelo teu nome de anjo,
   pois ainda que caído e sem asas,
   ela o sabia pronunciar.

   Eu vi uma luz madrugadeira
   a iluminar tua porta,
   e era, assim, plena em fosforescência,
   a clamar por versos tortos;
   pedia que revelássemos seus sonhos,
   só para que voltasses a acreditar.

   Eu vi um menino
   sentado a beira da tua porta,
   trazia uma braçada de rosas,
   só, para te ofertar.
   Mostrava a todos o teu nome,
   dizia que eras a eleita,
   a sacerdotisa dos desenganos,
   alguém a quem deveríamos amar.

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