sexta-feira, 14 de outubro de 2011

AUSÊNCIA (ARQUIVO)

   NALDOVELHO

   Tua ausência é nostalgia
   que se assanha em meu leito
   e se entranha em meu peito, 
   me envolvendo numa teia estranha,
   tipo teia de aranha...

   Tua ausência
   é ferida exposta ao tempo,
   incomoda, arde, arranha,
   mas não sangra!

   Tua ausência
   é o teu cheiro pela casa...
   Por mais que eu abra
   portas e janelas,
   teima em me assombrar!

   E aí, haja voz embargada,
   que é pra não gritar teu nome,
   lágrima indecisa,
   segredo calado e guardado,
   caco de vidro espetado
   que eu não consigo desencravar.

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