NALDOVELHO
Primeiro
vieram os versos,
explícitos,
confessos,
a
mostrar que o poema existe
como
conseqüência,
descarada
e evidente
do
que eu desejo de você.
Depois
a pele morena,
os
olhos verdes, premeditados,
sorriso
aberto, generoso...
O
que mais dizer?
Perplexo,
desconsertado,
em silêncio a imaginar,
o
quanto seus seios poderiam
nutrir
meus anseios
e
o quanto o seu colo poderia
me
aconchegar.
E
a imaginação voa depressa
a
explorar outras partes,
outras
fontes, detalhes,
recantos
cálidos, secretos...
E
o seu cheiro que eu imagino,
e
o brilho da sua pele suada,
principalmente
nas coxas,
dispostas,
travessas,
a
permitir abordagens, esfregas...
Quem
sabe você se entrega?
Quem
sabe você não nega?
Quem
sabe seja bem mais que um poema?
Quem
sabe bem mais que eu possa ousar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário