segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

VERSOS CONFESSOS - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS


    NALDOVELHO

   Primeiro vieram os versos,
   explícitos, confessos,
   a mostrar que o poema existe
   como conseqüência,
   descarada e evidente
   do que eu desejo de você.

   Depois a pele morena,
   os olhos verdes, premeditados,
   sorriso aberto, generoso...
   O que mais dizer?

   Perplexo, desconsertado,
   em silêncio a imaginar,
   o quanto seus seios poderiam
   nutrir meus anseios
   e o quanto o seu colo poderia
   me aconchegar.

   E a imaginação voa depressa
   a explorar outras partes,
   outras fontes, detalhes,
   recantos cálidos, secretos...

   E o seu cheiro que eu imagino,
   e o brilho da sua pele suada,
   principalmente nas coxas,
   dispostas, travessas,
   a permitir abordagens, esfregas...

   Quem sabe você se entrega?
   Quem sabe você não nega?
   Quem sabe seja bem mais que um poema?
   Quem sabe bem mais que eu possa ousar?

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