NALDOVELHO
E
existia aquela rua,
quase
toda arborizada.
Casas
bonitas,
muitas
assobradadas,
com
seus jardins, com seus quintais.
No
final da rua uma capela,
Santo
Antônio dos Milagres.
No
segundo quarteirão,
lado
direito de quem sobe,
número
cinquenta e quatro...
Cecília!
Naquela
casa,
nem
bem tinha feito dezoito anos,
embaixo de uma amoreira,
enterrei
meu coração.
Andava
entristecido pelas ruas,
serenatas
patéticas, ardidas,
dor
de coisa descabida...
Até
hoje guardo as marcas,
feridas
que eu não escondo.
É
bem verdade que no oco do meu peito
nasceu
outro coração.
E depois, mais outro...
E depois, mais outro...
Com o passar do tempo,
muitos outros!
muitos outros!
Poeta
é assim!
Enterra
um, nasce outro.
E
haja corações!
Haverá sempre corações...!
ResponderExcluirAbraço