NALDOVELHO
Deus
abençoe a poesia,
pois
ela é mar, é lua,
é
sorriso que tanto preciso,
é
lágrima que escorrega vadia
nos
momentos de nostalgia,
é
canto de sereia,
é
memória que incendeia,
é
revelação!
É
quem ao atiçar-me o medo,
me
expõe à coragem
de
seguir nesta louca viagem
de
desterro e solidão.
Deus
abençoe a poesia
que
adormece, desperta e sofre,
se
debate, envelhece e se mata
em
busca da libertação.
E
que por ter profanado
os
mais guardados segredos,
e
revelado os mais sagrados mistérios,
tornou-se
uma condenada
a
viver entre a benção e a maldição.
Deus
abençoe a poesia,
depositária
de tantas emoções,
e
ainda que fragmentada,
dolorida
e violentada,
é
o caminho e o atalho,
é
a urgência e a demência,
é
a colheita e a consequência,
a
mostrar coração e mente
em
luta feroz e freqüente
para
manter portas e janelas abertas
e
assim exigir da vida
coisas
que nos levem a reflexão.
Deus
abençoe a poesia
do
controverso e da inquietude
que
transmuta dor em poemas,
e
ainda que brotem tristes,
é
o nosso relicário sagrado
a
levar-nos a compreensão.
Deus abençoa e sempre abençoará a poesia, Naldo Velho, a poesia é de Deus, inspiração que vem diretamente dEle pra nós concretizarmos no papel, na tela, onde for. Feliz 2013, amigo!
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