NALDOVELHO
Quantas
pontas soltas pela vida...
Vento
forte é ventania,
vento
morto é calmaria,
brisa
fresca é poesia.
Tardes
tortas de outono...
Que
saudades dos meus sonhos!
Lembro
a tarde ventania,
lambuzados
de ousadia,
bicho
solto, pouca roupa,
coisa
louca é minha boca
procurando
em tua boca
água
fresca pra beber.
Mas
a noite enciumada
desatou
os nossos fios,
desviou
nossos caminhos,
alterou
curso de um rio.
Vento
morto, calmaria,
não
consigo te esquecer.
Brisa
fresca, fim de tarde,
poesia
sem alarde
toma
conta dos meus dias,
traz
cantigas de saudade,
prosa
em verso, nostalgia,
lá
do fundo do meu ser.
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