quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

POEMA (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   Palavras poucas,
   soltas, contundentes,
   versos lapidados,
   abrangentes.

   A chama que atiça
   remove as cinzas
   e incendeia a casa.
   Se abro a janela,
   o vento me invade
   e a pele me arde.

   Quem sabe a tarde
   traga um poema?
   Quem sabe uma dança,
   uma música suave?

   Versos preciosos,
   sussurradas, sagradas,
   revelam meus segredos,
   abrandam meu medo
   e cicatrizam feridas.

   Nada é mais urgente,
   nada permanecerá latente.
   O poema que ouso
   é olho d'água, é água ardente
   e brota assim abusado,
   vem matar minha sede,
   vem me dar o que comer!

Um comentário:

  1. Amigo, que este NOVO TEMPO seja portador de muitas realizações.
    Um belo poema para este começo de ano...
    VIVA A POESIA!!!!
    Grande abraço

    ResponderExcluir