NALDOVELHO
Quantas
portas e janelas deverão ser abertas
até
que eu possa apaziguar meus conflitos?
Quantos
poemas deverão ser escritos
até
que eu possa exorcizar meus ais?
Quantas
lágrimas a serem derramadas,
até
que eu possa secar meu pranto,
soltar
meu canto e cicatrizar as feridas?
Quantas
sementes terei ainda de lançar
em
terras distantes?
Quantos
frutos amargos,
colheitas
erradas, desencanto?
Se
sábia é a dor que nos ensina,
quanto
ainda vou ter que aprender
para
saber perceber no caminho
os
sinais deixados por Você?
Por
quantas existências
ainda
permanecerei a deriva
até
que a luz consiga encontrar terreno fértil
que
transforme o meu espírito inquieto
em
algo digno de Você?
Tantas
perguntas sem respostas
no
coração de um homem...
Quantas
coisas a resgatar
para
que eu possa seguir viagem
e
livre de todo este fardo
poder
retornar ao meu lar.
Belíssimos versos, Naldo!
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