NALDOVELHO
Primeiro peguem duas pessoas, nem
precisam ser especiais, bastam que estejam dispostas; servem você e eu! Depois
é só abrir os olhos, os olhos de perceber as coisas que desatentos, normalmente
não podemos ver. E aí, é apurar os ouvidos, aqueles que nos falam aos sentidos,
pois é importante saber escutar. Pessoas têm sempre muito a dizer: muitos
assuntos afins, contar sobre as suas bagagens, falar também sobre o novo, do
muito que podem criar... A começar por um clima ideal, é bom saber começar!
Após, juntem uma boa pitada de
esperança, uma medida e meia de sonho, duas ou três xícaras de carinho...
Cuidado para não sufocar! Ou será desandar? Uma boa mexida, após adicionem um
muito de cheiro, questão de química! Romance à vontade, questão de gosto!
Condimentem a massa com paixão, mas tomem cuidado! Melhor controlar a mão,
melhor dizendo o coração, é para não passar do ponto e a massa não ficar muito
ardida, difícil de digerir. É sempre bom lembrar que nestes assuntos, é bom
apurar o paladar.
Não se esqueçam do fermento para o
bolo poder crescer, ficar vistoso e bonito. Se quiserem, podem acrescentar
semente de trigo que é pra dar vida, para vida se perpetuar.
Continuem mexendo até dar liga, é
fundamental que a massa fique consistente. Preparem então uma forma bem grande
untando-a com bastante compreensão, coloquem nela a massa e levem ao forno para
assar e que seja em fogo brando para não queimar o recheio. Não se assustem!
Nesta receita se assa junto o recheio!
Não deixem apagar o fogo, senão o bolo
fica solado e dá um desgosto danado, difícil de desentranhar! Depois é só ter
paciência e sempre com muita atenção, pois existe um tempo certo de maturação.
Quando forem servir, que seja bem
quente e nem é preciso confeitar, se fizerem direitinho não há como dar vexame,
coisa fina de se saborear e a vida com certeza, agradecida pelo presente, desta
iguaria irá se alimentar.
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