NALDOVELHO
Profanei-te
as entranhas,
violei
tuas teias,
sagrei-te
a peçonha
e
inoculei em meu corpo,
a
tua manha, a tua sanha.
Fiz
do teu desejo
o
meu hino de dor,
fiz
da tua fome
o
meu manto de amor.
Deixei
escorrer
do
canto dos lábios,
vinho
tinto,
licoroso
e suave
e
numa mistura de sabores,
odores,
segredos,
embaracei
nossas linhas
e
te dei de comer.
Servi
a minha carne em postas
e
morri de tanto prazer.
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