terça-feira, 8 de janeiro de 2013

TARDES TÃO QUENTES (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   Tardes tão quentes, loucas, ardentes,
   nenhuma roupa, corpos molhados,
   vinho encorpado, tinto e rascante, 
   musica ambiente, o mês é novembro,
   lembranças latentes dentro de mim.

   A tua boca faminta a devorar minha carne,
   a tua língua inquieta, a explorar meus detalhes,
   é sempre bem vinda, um raro prazer !

   O travesseiro dobrado guarda marcas evidentes,
   os teus seios tão fartos espremidos, suados.
   o latejar convulsivo, violei teus segredos,
   rasguei teu vestido na pressa e desejo.

   Tuas unhas cravadas, tuas marcas, perigo!
   O teu cheiro abrasivo deixou bem registrado
   que o prazer deixa pistas, trilhas, estragos,
   um suave aconchego e uma saudade sem fim.

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