terça-feira, 11 de dezembro de 2012

NOITES INSONES (PROSA POÉTICA)


NALDOVELHO

É lá pelas tantas, quase madrugada, quando insone eu viajo a procura do teu colo e abusado invado sorrateiramente o teu quarto, e ao te ver adormecida ao travesseiro abraçada, sinto o meu corpo explodir de prazer ao ver teu corpo, atrevido em seus contornos, de tocaia a me espreitar sob fino lençol. Respiração macia, qual fruta em doce delírio que eu saboreio sempre e sempre com redobrado prazer.

E a cada movimento teu eu transpiro o meu doce tormento e desejo, e fico assim como embevecido por tanta e tamanha delicadeza, que procuro me mover em silencioso cio para ser lento e preciso e não te acordar.

Chego mais perto indecente, deito ao teu lado e te toco tão suave e intensamente que então pareces sonhar. Lentamente afasto o lençol, desnudo o teu peito tão branco e fico feito criança a acariciar-te as sardas, e num leve roçar de dedos, atrevidos no bico do seio, faço-te ofegante, e tuas coxas, num roçar instigante, em minhas mãos que te exploram sedentas, e permeiam teus lábios molhados em busca do teu cheiro e seiva que brotam de um jeito abundante por entre as pernas, já agora, entrelaçadas às minhas trêmulas pernas, minha paixão e martírio.

És água, és fonte, és rio, a brotar em desgovernado cio e teu corpo suado em meu corpo, minha boca a sugar teus seios, minha língua a percorrer segredos, recantos, dobras e fendas e a te levar a um longo e prazeroso orgasmo, só pra escutar-te os gritos, gemidos, pois este é o meu maior prazer.

Não demora amanhece lá fora e a noite já não será mais um abrigo. Eu me levanto e te vejo enroscada, o lençol todo molhado... Dormes um sonho inocente e ainda bem que sabes meu nome, que é para que eu possa te escutar, quando insone, sussurrares em completo delírio, a pedir que eu volte depressa para saciar tua sede e me alimentar do teu corpo, que já tem minhas marcas e nada mais há o que possas fazer.

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