quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CIO MOLHADO DE LUAR (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   É olho d’água, uma nascente,
   é ferro em brasa, é água ardente,
   minha pele toda a queimar.

   E a lua brota em tom crescente,
   e eu bebo o veneno do teu corpo,
   e a água jorra em vertentes,
   e eu me embriago em teu olhar.

   Sou bicho louco, bem demente,
   sou caça presa entre os dentes,
   cio molhado de luar.

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