quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VELHO CAIS (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   Velho cais, madeira velha,
   velha embarcação pro ancoradouro.

   No açoite do tempo, lento, 
   um grito louco rosna o vento,
   um grito rouco range o barco.

   No roçar das águas claras
   madeira velha, tanto tempo!

   Fim de tarde o sol se põe,
   águas finas que se partem,
   velha embarcação pro ancoradouro.

   Vento brando, maré baixa,
   vento mudo, maré mundo.

   No cansaço o litoral,
   mundo mar vai marejando
   mareando o velho cais.

   E o velho só dando nós.
   lembrando o velho timão,
   contando antigas histórias,
   ancorado nas lembranças.

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