NALDOVELHO
Velho cais, madeira velha,
velha embarcação pro ancoradouro.
No açoite do tempo, lento,
um grito louco rosna o vento,
um grito rouco range o barco.
No roçar das águas claras
madeira velha, tanto tempo!
Fim de tarde o sol se põe,
águas finas que se partem,
velha embarcação pro ancoradouro.
Vento brando, maré baixa,
vento mudo, maré mundo.
No cansaço o litoral,
mundo mar vai marejando
mareando o velho cais.
E o velho só dando nós.
lembrando o velho timão,
contando antigas histórias,
ancorado nas lembranças.
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