NALDOVELHO
Pétalas
pálidas, descoradas, descontentes,
folhas
desnutridas, desmaiadas, quase sem vida...
Espinhos
ressecados, ainda ferem o inocente.
Um
jardim tão mal cuidado, o jardineiro se fez ausente,
ervas
daninhas dominam o ambiente...
O amor
que tu me tinhas, hoje é morto, se acabou.
Casa
assobradada, janelas e portas trancadas,
um
velho balanço, enferrujado, range os dentes.
Nada
que eu faça ou tente, resgata meu passado;
memórias
reticentes, foi o pouco que restou.
Velho casarão
abandonado no passado,
rua
arborizada que o tempo preservou.
Nas
esquinas, conversa miúda, sem eira nem beira.
Já não
somos os mesmos, quase nada nos restou.
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