O
reflexo da tua imagem
impunemente
no espelho,
traz-me
o imaginar atrevido
das
coisas até hoje escondidas
por
entre palavras, mistérios,
guardados
que o tempo,
por
bom senso e prudência
achou
por bem preservar.
Este
teu olhar atrevido,
com
um ar de queira ou não queira,
num
misto de medo e segredo
e
com jeito de seja ou não seja;
é
de certa forma o melhor enredo
a
provocar o poema e a seduzir o poeta.
E
aí é só colheita de versos,
é
só emoção incontida
e
eu me confesso, indefeso,
pois
a beleza que vejo no espelho
vem
da matriz dos meus desejos,
do
objeto dos meus sonhos,
do
alvo da minha paixão.
Portanto
é melhor preservar o silêncio,
melhor
aquietar-me em meus versos,
pois
o veneno que eu percebo em teus lábios,
é
dose demais pros meus planos,
é
bem mais do que eu consigo suportar.
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