NALDOVELHO
Espinhos em meu corpo, feridas,
palavras despropositadas,
histórias interrompidas,
coisas que permaneceram latentes.
Tentei semear versos partidos,
ungidos pelo adeus, sofridos,
tentei alquimizar energias
confusas, disformes, difusas.
Soçobraram dor e cansaço
em sentimentos controversos
num coração que bate descrente
e em algumas poucas sementes.
Se a lágrima não chorada
cristalizou-se dentro de mim,
quantos poemas serão precisos
para dissolver esta dor?
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