domingo, 13 de janeiro de 2013

UM OLHAR PELA JANELA - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS

    NALDOVELHO

   Um olhar pela janela, visão embaçada,
   um mundo de sonhos, segunda-feira, outono,
   os carros que passam, muita fumaça,
   tem chuva miúda, neblina constante,
   cidade nublada, teu nome é abandono.

   Uma música no ar testemunha a saudade,
   uma carta de despedida, uma lágrima covarde
   no canto do olho esquerdo vacila, escondida...

   Melhor escutar um bolero, escrever um poema,
   buscar outros temas e que sejam sem dramas,
   pode ser que eu convença e até me convença
   que foi só uma miragem, que foi tudo bobagem.

   Um café bem quente e o maldito cigarro,
   qualquer dia eu paro de me agarrar a fumaça,
   pode ser que eu consiga endireitar o estrago,
   pode ser que eu consiga te esquecer de uma vez.

5 comentários:

  1. Qualquer dia, que não é hoje...
    Gostei muito deste poema, quem já não se sentiu assim?

    Isa,
    http://instantaneospretobranco.blogspot.pt/

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  2. Meu Deus, minha cara esse...
    Bjs
    Uly

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  3. Simplesmente VERDADEIRO! Foi feito pra mim!

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