segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

NO PARIMENTO DOS MEUS VERSOS (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   O fervor no parimento dos meus versos
   vem das andanças, sofrências,
   constrangimentos passados
   nas perdas e no desamor.

   As ardências do desentranhamento
   vêm acompanhadas pela urgência
   de quem por gasturas e esvaziamentos
   quase se entregou a loucura.

   Ah! Se não fossem as palavras,
   quanta emoção que por ter sido escondida
   estaria hoje cristalizada,
   quanta vida teria sido perdida
   por não ter sido ao seu tempo
   vivida com muito amor.

   Ah se não fossem os versos! 
   Não sei por onde andaria
   o homem que cresceu através da dor.

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