quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

PONTAS SOLTAS (ARQUIVO)


    NALDOVELHO

   Quantas pontas soltas pela vida...
   Vento forte é ventania,
   vento morto é calmaria,
   brisa fresca é poesia.
   Tardes tortas de outono...
   Que saudades dos meus sonhos!

   Lembro a tarde ventania,
   lambuzados de ousadia,
   bicho solto, pouca roupa,
   coisa louca é minha boca
   procurando em tua boca
   água fresca pra beber.

   Mas a noite enciumada
   desatou os nossos fios,
   desviou nossos caminhos,
   alterou curso de um rio.
   Vento morto, calmaria,
   não consigo te esquecer.

   Brisa fresca, fim de tarde,
   poesia sem alarde
   toma conta dos meus dias,
   traz cantigas de saudade,
   prosa em verso, nostalgia,
   lá do fundo do meu ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário