domingo, 16 de novembro de 2014

JÁ NÃO ME IMPORTO

    NALDOVELHO

    Já não me importo se as portas
    permanecem fechadas,
    haverá sempre um caminho,
    um desafio, um novo horizonte,
    outra cidade, ainda que distante,
    e nela, outras casas, outras portas...
    Quem sabe algumas se mostrem abertas?

    Já não me importo se o meu amor
    morreu assassinada
    num dia frio de julho.
    Haverá sempre a possibilidade
    de uma nova descoberta,
    um novo rosto, um olhar de ternura,
    alguém que me cure da loucura
    de estar aprisionado às paixões.

    Já não me importo com o silêncio
    das madrugadas vazias,
    sou forjado na dor da nostalgia,
    em cada tombo, cada esfrega,
    cada derrota, cada desilusão.
    Já não me importa
    se eu morro ou não do coração!


3 comentários:

  1. ISSO QUE MAIS ME TOUCOU PQ EU DIRIA E ATÉ ESCREVERIA SE TIVESSE ESSE DOM.

    ..."Já não me importo com o silêncio
    das madrugadas vazias,
    sou forjado na dor da nostalgia,
    em cada tombo, cada esfrega,
    cada derrota, cada desilusão.
    Já não me importa
    se eu morro ou não do coração!"

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  2. Nossa Naldo, eu escreveria isso se tivesse esse seu dom,mas como não tenho posso apenas dizer: Entrou pelos meus poros,por todos os meus sentidos. Compreendo isso!

    ... Já não me importo com o silêncio
    das madrugadas vazias,
    sou forjado na dor da nostalgia,
    em cada tombo, cada esfrega,
    cada derrota, cada desilusão.
    Já não me importa
    se eu morro ou não do coração!

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  3. Há de se conformar o poeta?
    Ao poeta, a vdia!
    Lindo!
    Abraços

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