NALDOVELHO
Como se fosse um sonho,
espalhei sementes de menestrel,
harmonias inebriantes, magia,
melodias delicadas,
sutilezas,
sinfonias em meio ao
caos.
Como se fosse um
construtor,
ergui ninhos de acolher
carinhos,
criei janelas de
perceber milagres,
abri portas de percorrer
caminhos,
oásis em meio à imensidão.
Como se fosse um poeta,
escrevi versos de
dissolver magoas,
macerei ervas, criei
remédios,
teci palavras que
espantassem a solidão,
curei dores que
martirizavam o coração.
Como se fosse um homem
feliz,
destruí muralhas que impediam
o acesso,
colhi estrelas em meio
ao deserto,
aprendi a falar como
falam os passarinhos,
reconstruí-me por
inteiro para poder voar.
Como se fosse imortal,
abracei a possibilidade
do eterno,
imaginei um mundo livre
do pecado,
e para isso, morri e
renasci mil vezes,
acreditando ser parte importante
da criação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário