NALDOVELHO
Numa casa no
meio do nada
uma luz
acesa na janela,
um portão
escancarado,
uma varanda
hospitaleira,
uma rede,
muitas plantas,
especialmente
orquídeas,
um silêncio
acolhedor.
Dentro da
casa
uma velha
senhora
tece numa
tapeçaria
caminhos de
ir para bem longe,
um rio de
águas claras,
um horizonte
de sonhos,
uma casa de
passagem,
uma luz
acesa no meio do nada.
Um velho cão
a tudo observa
e na lareira
o passado em chamas
aquece o
ambiente
e me ilumina
por dentro.
E a velha
senhora cantarola
uma velha modinha,
canção de
amor e dor
que sua mãe
lhe ensinou.
Numa casa no
meio do nada
um sorriso
acolhedor,
um prato de
sopa,
um pedaço de
pão,
um copo de
vinho
e o carinho
de uma lareira
a exorcizar minha dor.
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