segunda-feira, 9 de junho de 2014

DEMOLIÇÃO - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS

    NALDOVELHO

    Eu percebo o sobrado morto,
    portas arrombadas
    janelas quebradas,
    velho casarão abandonado
    e invadido pela poeira e pelo mofo,
    restos, detritos, entulhos,
    vestígios de um tempo
    em decomposição.

    No quintal tomado pelo mato,
    uma roseira espinhenta
    resiste e insiste:
    rosas brancas em cachos,
    vida em meio aos escombros.

    No interior da casa eu percebo:
    histórias, dramas,
    enredos entrelaçados,
    diversos tipos de teias,
    sentimentos enraizados...

    Lá fora um grupo de operários
    se apronta para o último ato:
    vai começar a demolição!


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