quinta-feira, 11 de junho de 2015

ENTRE DOIS MUNDOS

   
  
    NALDOVELHO

    Ente dois mundos
    o poeta caminha aos tombos,
    ora se achando um louco,
    ora se achando um tolo.
    E assim ele vai
    semeando seus versos,
    ora encharcados de saudade,
    ora saídos dos escombros.

    Entre dois mundos
    o poema se contorce nervoso,
    ora vestido de assombro,
    ora molhado de sonhos.
    E assim ele vai
    dobrando as esquinas,
    atravessando a cidade,
    e de porta em porta
    semeando suas verdades.

    Entre dois mundos
    o homem tenta sobreviver,
    ora ele se alimenta de delicadezas,
    ora ele naufraga nas incertezas.
    E assim ele vai,
    ora assoreado na margem de um rio,
    ora chama que arde num curto pavio, 
    mas sempre e sempre,  poesia,
    seja lá onde for
    que este caminho vá dar.



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