segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

NUNCA O MESMO MAR

   NALDOVELHO

   Todos os dias,
   diante daquela praia,
   eu direciono minhas lentes,
   foco naquele rochedo
   e fotografo a cena.
   
   Sempre a mesma cena,
   sempre no mesmo lugar,
   mas nunca o mesmo mar.

   Maré baixa, maré cheia,
   mar acariciando a sereia,
   ou a espancar as pedras
   em sua fúria lapidar.

   Todos os dias,
   desde o princípio dos tempos,
   sempre a mesma cena,
   nunca o mesmo mar.

   É preciso aprender
   com os rochedos
   sobre as fases
   e humores das ondas.

   Muitas histórias 
   para contar
   

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