sábado, 28 de outubro de 2017

ABSURDOS

    NALDOVELHO

    A que absurdos nos arremete a poesia?
    Ao absurdo de acreditar na beleza da magia,
    ou no de semear o que a esperança nos propicia?
    Ao absurdo de mergulhar inteiros nos sonhos que temos,
    ou o de tentar perpetuar a realidade que cremos?

    A que absurdos nos arremetemos num poema?
    Ao absurdo de chorar paixões que cultivamos doentes,
    ou no de ousar transformar corações e mentes?
    Ao absurdo da solidão que nos devora faz tempo,
    ou no de tentar explorar os caminhos que temos por dentro?

    A que absurdos nos atiramos inutilmente?

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