sexta-feira, 25 de março de 2016

CANDEEIRO ACESO

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    NALDOVELHO

    Candeeiro aceso
    no parapeito da janela
    observa o firmamento.

    É noite ainda, quase madrugada,
    lá fora, uma lua azulada
    abençoa a cidade
    e as pessoas não percebem
    que apesar do silêncio
    as ruas permanecem acordadas.

    Aqui dentro, luz e sombras
    numa batalha sem fim
    devoram minhas entranhas.

    Morre o homem que eu sou,
    Prisioneiro do seu tempo.
    Sobrevive o homem que eu sonho
    abraçado a sua imensidão.


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