domingo, 24 de maio de 2015

VASTOS CAMPOS DE SOLIDÃO

    NALDOVELHO

    Eu tenho o silêncio
    entranhado em minha alma,
    vastos campos de solidão,
    onde a alma perambula
    em busca de um abrigo,
    de um sorriso amigo,
    de um gesto de paixão.

    Eu tenho o silêncio
    engasgado em minha garganta,
    coisas que eu tinha de dizer,
    palavras que eu não pude pronunciar,
    e a alma gesticula nervosa,
    aflita por sua incapacidade de falar.

    Eu tenho o silêncio
    enraizado em meus poemas.
    Vontade de calar palavras,
    de dormir o sono dos inocentes,
    de sepultar sonhos de outrora,
    de descobrir novos sonhos agora.

    Eu tenho o silêncio
    entranhado em minha alma.
    Vastos campos de solidão.

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