NALDOVELHO
Não vá embora ainda,
venha me dar um beijo de boa noite
para que eu possa me sentir protegido,
tenho medo de lua que nasce sombria,
de fantasmas que assombrem meus dias,
de lágrimas que eu não possa esconder,
da inocência que eu não pude manter,
da solidão das noites de outrora,
de tropeçar pelos caminhos lá fora,
do abandono das madrugadas de outono,
de adormecer e ficar preso aos meus sonhos,
dos gritos que ecoam em minha memória,
de morrer precocemente e não escrever minha história,
das teias que eu pressinto agora,
da inquietude que me impulsiona e devora.
Não vá embora ainda,
venha me dar um beijo de boa noite
para que amanhã eu possa prosseguir.
tenho medo da palavra maldosa,
dos espinhos que protegem as rosas,
das sombras que atormentam meus passos,
de esbarrar no passado e embaraçar meus laços,
de cortes teimosos que nunca cicatrizam,
de demônios que não se exorcizam,
daquilo que embriaga e ao mesmo tempo vicia,
de virar um homem amargo e me perder da poesia,
de perder de repente as asas que tenho por dentro,
de morrer sufocado em meus próprios pensamentos,
de destruir minhas raízes na ânsia de viver,
de dobrar muitas esquinas e me perder de você.
Não vá embora ainda, antes me dê sua bênção
para que eu possa renascer.
NALDOVELHO
ResponderExcluirDon't go away yet,
come give me a good night Kiss
so I can feel protected,
I'm afraid of the Moon that rises dreary,
of ghosts that assombrem my day,
tears I cannot hide,
of innocence that I couldn't keep,
the loneliness of the nights of yore,
to stumble by paths out there,
abandonment of the autumn night,
falling asleep and staying stuck to my dreams,
the shouts that echo in my memory,
He died early and not writing my story,
the webs that I feel now,
the inquietude which propels me and devours.
Don't go away yet,
come give me a good night Kiss
so tomorrow I can proceed.
I'm afraid of the word malicious,
of thorns that protect the roses,
the shadows that plague my steps,
colliding in the past and embarrass my ties,
stubborn cuts that never heal,
of demons not exorcizam,
What gets drunk and addictive at the same time,
Turning a bitter man and I get lost of poetry,
losing all of a sudden the wings that I have inside,
die stifled in my own thoughts,
destroy my roots in eagerness to live,
folding many angles and me losing you.
Don't go away yet, before you give me your blessing
so I can be reborn.
É poesia demais para a minha capacidade crítica literária.
ResponderExcluirPara mim, isto é o que se pode chamar de MARAVILHA. Abraços.
Encantador poeta.... estes teus versos são realmente encantadores... me deu saudades de infância, de colo de mãe, de carinho de família!!!
ResponderExcluirQue bom que vc esta aqui nos brindando com poesia tão linda!!! Obrigada por partilhar. Beijos na alma!
Mãe, não vai embora nunca. Se não está na presença, está em espírito. Mãe é um oceano de afetos, é um manancial de carinho. Por isso, não tenho medo amigo.
ResponderExcluirLindo,lindo,fico imaginando o que ou quem não vá embora: a mãe, o amor, a inocência, a juventude, a esperança. No que pensou o autor? Penso que poderia ser qualquer uma dessas coisas que mencionei...
ResponderExcluirParabéns, vou acompanhar o seu blog. Um grande abraço e estou tocada com tão sublime poesia, enebriada, diria. Juliana Cardoso
BELÍSSIMA MEU AMIGO POETA....SINTA-SE ABENÇOADO!!!....<3
ResponderExcluirMeu Deus, que poema mais lindo, Naldo! Com certeza, Ele não sairá de perto de vc, não deixará que vc se embarace de novo em seus laços, exorcizará todos os seus demônios, velará seu sono, pois vc é homem de Deus, poeta que conta como poucos a angústia do ser humano! É uma honra e um privilégio ler seus textos e senti-los tocar o fundo de nossa alma, bjs
ResponderExcluirQue Deus abençoe você e continues a nos brindar com teus versos do fundo da alma. Abreijos, guida
ResponderExcluirDIVINAMENTE LINDO QUERIDO!
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