quinta-feira, 20 de setembro de 2012

COISAS DO CORAÇÃO (LUZ E SOMBRAS)


    NALDOVELHO

   Eu rabisco palavras de amor
   toda a vez que tropeço pelas ruas.
   São tentativas de disfarçar a dor
   da unha encravada, das constantes topadas,
   joelhos ralados, estabanado pelo chão.

   Eu rabisco palavras de solidão
   toda a vez que alguém me diz adeus.
   São poemas nostálgicos,
   mãos suadas, coração afrontado...
   Assim terminou a história de nós dois.

   Eu rabisco palavras suaves
   toda a vez que colho um sorriso.
   Coração ainda acredita,
   poesia é coisa bendita,
   semente de sonho, emoção.

   Eu rabisco palavras de ternura
   toda a vez que alguém me dá a mão.
   Apesar das lágrimas que escondo
   e do carinho muitas vezes negado...
   É sempre assim que eu me vejo depois.

   Eu rabisco muitas coisas,
   normalmente, poucos percebem!
   Tatuei em meu corpo segredos,
   mapas, poemas, enredos,
   coisas do coração!

  

3 comentários:

  1. O importante é que rabiscas e nos brinda com sua poesia!
    Abraços
    rosangelaSgoldoni

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  2. poesia maravilhosa, alma de poeta, rabiscando na imensidão...

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  3. É, meu amigo! Vivemos rabiscando ao longo da vida as coisas do coração.E lá vamos nós tatuando no "corpo os segredos, mapas, poemas, enredos" que vão se apresentando ao longo da caminhada. Valeu, amigo Naldo Velho! Mais um sensacional poema. Abraços

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